Porem vou te contando aos poucos pois é uma longa história!
È claro que meio século de vida não se conta, a não ser em um capítulo
por vez!
Acompanhe a cada dia vou narrando tudo o que vivi pois, minha vida é um
“livro aberto” para ser lido e meditado. Viver um dia por vez e aprender em
cada experiência a lição do momento, é o que posso contribuir para os que
vierem chegando depois de mim neste mundo!
CAPÍTULO UM
DESDE QUE NASCI...
Aprendi a ter que lutar desde que nasci, ou melhor, desde que fui extraída a
ferros pois estava condenada a morte desde o ventre de minha mãe.
Sou a terceira, entre quatro filhos porem, entre eu e minha irmã mais velha
há uma diferença de apenas um ano e meio sendo que, minha mãe sofreu
um aborto antes de eu ser concebida. Sou fruto da falta de assistência pré-
natal da época, há quase cinqüenta anos atrás.
Ainda na infância, sobrevivi a todas as enfermidades que uma criança mal
formada literalmente podia ter. Minha aparência era de um monstrinho ou
seja nasci toda roxa , com uma cabeça enorme e um corpo que era só couro
e nervos pois, parecia que não tinha osso, do jeito que me deixassem assim
ficava, como uma gelatina. Não dormia dia e noite e tudo o que engolia expelia
da mesma forma, pois o aparelho digestivo não funcionava.
Só pela misericórdia de Deus e, as receitas caseiras de fé, de minha avó
ajudaram-me a vencer. Caminhei com três anos e falei depois de quatro anos
de idade. Além de todas as outras enfermidades contagiosas, próprias da
infância que, por falta de vacinas preventivas vitimaram muitos recém
nascidos da época. Claro, fiquei com algumas seqüelas como a visão muito
baixa em meus olhos, tendo que lutar contra isto desde os cinco anos de
idade, a miopia e o astigmatismo deixaram-me com menos de trinta por
cento de visão.
Comecei a estudar antes dos seis anos, compensando a fraqueza física com o
bom uso da inteligência. Aliás, fui forçada a usar os dois lados do cérebro desde
então pois, era canhota mas a minha primeira professora não permitia que eu
escrevesse desta maneira obrigando-me a aprender a escrever com a mão
direita, agradeço pelas varada que ganhava nas mão para aprender a trabalhar
com os dois hemisférios da minha inteligência.
Foi este o maior incentivo que tive de meus pais “estudar”, pois o saber não
ocupa lugar...
Foi isso o que me moveu a buscar cada vez mais conhecimento de tudo o que
foi possível, para saber a diferença na vida.
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